12 dezembro 2009

Dança Liturgica

I - Definição:
O vocábulo “Dança” é uma das possíveis traduções da palavra grega “Paizo” e seus correlatos, bem como da palavra “Shireh” da língua hebraica. São elas comumente traduzidas por: agir como criança; dançar; gesticular; zombar; imitar.
É relacionada com o substantivo “Paidiá”, trazendo sempre a idéia de “jogos eróticos”. Paizo, tal como foi usada pelos gregos, muito comumente denota este verbo: falta de seriedade com alguma coisa em termos de atitude ou conduta. Significa também: saga levianamente tratada ou inventada; gesticular, zombar; ridicularizar; lascívia; libertinagem; licenciosidade; tolice e estupidez.

II - Ensino do Antigo Testamento

No contexto do Antigo Testamento e da Septuaginta, a brincadeira encontra expressão na natureza religiosa e cúltica dos jogos e danças no mundo oriental primitivo e antigo. Os deuses eram venerados por meio de jogos e danças. No culto do mundo ao redor do Antigo Testamento e do Novo Testamento, encontramos muitos jogos e danças como meio de expressar a piedade. Encontramos também no Antigo Testamento danças por ocasião das celebrações de vitória (Êx 15:20 – Jz 11:34).
Duas razões juntas, para a manifestação pela dança: a primeira, a demonstração de alegria pela vitória alcançada; a segunda, uma tremenda zombaria pelo inimigo derrotado. Danças como expressão de escárnio era algo que ofendia os brios do inimigo.

Estas celebrações são encontradas especialmente nos contextos de guerra, como por exemplo: 1Cr 13:8; 1Cr 15:25 e 2Sm 6:14.
O dicionário de Kithel, (dicionário teológico) a manifestação “mais orgiástica foi a dança diante da arca, relatada em 2Sm 6 6-16”, também num contexto de vitória de guerra. Por ocasião das festas da colheita, havia manifestações de danças, como registra Jz 21:21. Estas “manifestações eram sempre de uma dança harmonicamente desenvolvida por um grupo, a qual narrava uma história.

Eram manifestações legitimas do folclore. Há que se fazer uma distinção entre dança como expressão artística e, o requebro, sem arte, que tem como intenção carnal, dar evidência às curvas do corpo e destaque ás suas partes eróticas.
Nos salmos cúlticos (Sl 26:6 – 42:2 – 149:3 – 150:4) aparece a palavra Shireh. Estes contextos nos fazem lembrar as procissões promovidas pelo povo, rumo ao templo. No templo, o culto era o mais impeditivo possível. Os que entravam no átrio eram somente os sacerdotes, dentre esses somente o Sumo-Sacerdote adentrava ao santo dos santos. Do auditório não se ouvia nenhum som de louvor. Os cantores, ministros do canto entoavam os louvores (eles eram também sacerdotes). Ao povo em geral não era dado o direito de pisar o átrio. Os homens tinham o seu espaço, as mulheres outro mais atrás, os gentios atrás do muro. (Jesus revela sua indignação no templo, pois, o lugar dos gentios estava ocupado pelos vendedores. Jesus afirma, então que aquela casa será chamada casa de oração para todos os povos). Sendo assim, se o povo não participava da cerimônia propriamente, as pessoas encontravam um modo de expressão, e este foi no caminhar para o templo. Ajuntando a multidão, engrossando a procissão, cantavam os salmos. Os salmos cúlticos se reportam a isso, e a palavra “andarei”, “passava eu com a multidão do povo”, “com adufes e harpa”, “com adufes e danças”. Somente no Salmo 150 :4 , em algumas versões, a palavra “Shireh” é traduzida por dança.

Nas passagens escatológicas encontramos as seguintes traduções para a mesma palavra: Jeremias 31.4 “dança”, 30:19 “júbilo”, e Zacarias 8:5 “brincarão”.

III - Ensino do Novo Testamento

No Novo Testamento a palavra “Paizo” ocorre somente em 1Coríntios 10:7, fazendo citação do Antigo Testamento em Êxodo 32:6. É o repudiar de todo o culto pagão. Aqui está relacionado com a idolatria. O texto de Êxodo se refere a uma dança cúltica. Como em Gênesis 26:8; 39: 14-17, a palavra que ali aparece tem um sentido erótico. Assim pode ela denotar, tanto, idolatria, como licenciosidade cúltica: frequentemente com ela associada. Se a palavra “Paizo” é encontrada uma única vez, sua correlata “empaizo” é encontrada mais vezes. Seu significados são: jogar, dançar ao redor, caçoar, ridicularizar, iludir, defraudar. Esta palavra pertence ao grupo das usadas para depreciação ou baixa estima dos outros, em palavras, atitudes e gestos, insulto, escárnio, ridicularizar, levantar o nariz, balançar cabeça, bater as mãos como sinal de insulto ou escárnio, fazer brincadeiras. Deriva de arrogância, mostrar superioridade, hostilidade e aversão (Gn 19:14; Is 28:7 e seguintes).
Todas as outras passagens referem-se a Jesus Cristo. Na predição de sua paixão a encontramos em Mateus 20:19; Marcos 10:34; e Lucas 18:32. Ali, esta palavra é sempre traduzida por “escárnecer”. Também na história de sua paixão, cumprindo suas próprias predições - Marcos 15: 16-20, e Mateus 27:27-31.

O ato dos soldados colocando uma coroa de espinhos, um manto de púrpura, saudando-o, golpeando-o com um caniço, cuspindo e curvando-se diante dele, constitui o escárnio. O texto de João 19:1-3, usa esta palavra para descrever o incidente como um todo. É o espetáculo.

Mateus 26: 67,68, Marcos 14:65 e Lucas 22:63-65 têm sua contrapartida em Jeremias 51:18, pois os ídolos são objetos de escárnio “obra ridícula”. Assim tratavam a Cristo, representando um macabro bailado ao seu redor. Este Jesus que arroga ser Deus, não é outra coisa nesta sanha diabólica, senão “obra ridícula”. É o inferno que se levanta contra o ungido de Deus. Cristo em sua agonia é a ridícula personagem da coreografia satânica.

Conclusão:

Conclui-se que não há uma referência sequer que no culto do Novo Testamento tenha havido manifestação da dança cúltica. Nem mesmo na Igreja dos pais Apostólicos, e nem ainda na Reforma Protestante do século XVI.

A Dança era um costume pagão e procurou-se na Igreja apostólica evitar qualquer associação. E mais importante que tudo, o culto no Novo Testamento não permitia a manifestação da “dança sagrada” pelo fato de que toda dança, meneio de corpos, requebros, fazia lembrar o escárnio de Cristo. O dicionário Teológico do Novo Testamento de Kithel afirma: “Seja o fato dos soldados aqui estarem observando um costume(religioso) específico, ou seguindo práticas do sacrifício persa, por exemplo, ou estarem simplesmente expondo o suposto rei dos Judeus ao ridículo, é muito difícil ter qualquer certeza. Contudo, é certo que este escárnio se dava num contexto de dança e drama.

Pb. Herlon Charles

24 novembro 2009

ESCATOLOGIA – O Estado Intermediário dos Mortos – Lucas 16.19-31





INTRODUÇÃO

Como existe uma diversidade de interpretações a respeito e , para evitar confusão de idéias acerca do Estado Intermediário, devemos tornar clara esta doutrina.

I. A VIDA DEPOIS DA MORTE
São vários os argumentos que reforçam a doutrina bíblica sobre a vida além túmulo.

■Argumento histórico. Se a questão da vida alem morte estivesse fundamentada apenas em teorias e conjecturas filosóficas, ela já teria desaparecido. Mas as provas da crença na imortalidade estão impressas na experiência da humanidade.

■Argumento teológico. Procura provar que a vida do ser humano tem uma finalidade alem da própria vida física. Há algo que vai alem da matéria de nossos corpos, é a parte espiritual. Quando Jesus Cristo aboliu a morte e trouxe à luz a vida e a incorrupção, estava, de fato, desfazendo a morte espiritual e concedendo vida eterna, a imortalidade (2 Tm 1.10). A vida humana tem uma finalidade superior, uma razão de ser, um propósito.

■Argumento moral. Há um governador moral dentro de cada ser humano chamado consciência que rege as suas ações. Sua existência dentro do espírito humano indica sua função interna, como um sensor moral, aliado à soberania divina.

■Argumento metafísico. Os elementos imateriais do ser humano denunciam o sentido metafísico que compõe a sua alma e espírito. Esses elementos são indissolúveis; portanto, como evitar a realidade da vida alem morte? É impossível! A palavra imortalidade no grego é athanasia e significa literalmente ausência de morte. No sentido pleno, somente Deus possui vida total, imperecível e imortal (1 Tm 1.17). Ele é a fonte de vida eterna e ninguém jamais pode da lá. No sentido relativo, o crente possui imortalidade conquistada pelos méritos de Jesus no Calvário (2 Tm 1.8-12).

II. O QUE NÃO É ESTADO INTERMEDIÁRIO

■Não é Purgatório. Heresia lançada pelos católicos romanos para identificar o Sheol Hades como lugar de prova, ou de segunda oportunidade, para as almas daquelas pessoas que não conseguiram se purificar o suficiente para alcançarem o céu. Declara a doutrina romana que é uma forma desses mortos serem provados e submetidos a um processo de purificação. Entretanto, essa doutrina não tem base na Bíblia e é feita sobre premissas falsas. Se o Purgatório fosse uma realidade, então a obra de Cristo não teria sido completa. Se alguém quer garantir sua salvação eterna, precisa garanti lá em vida física. Depois da morte, só resta à ressurreição.

■Não é Limbus Patrum. O vocábulo limbus significa borda, orla. A idéia é paralela ao Purgatório e foi criada pelos católicos romanos para denotar um lugar na orla ou borda do inferno, onde as almas dos antigos santos ficavam ate a ressurreição. Ensina ainda essa igreja que o limbus patrum (pais) era aquela orla do inferno onde Cristo desceu após sua morte na cruz, para libertar os pais (santos do Antigo Testamento) do seu confinamento temporário e leva los em triunfo para o céu. Identificam “o seio de Abraão” como sendo o limbus patrum (Lc 16.23). Mas, o limbus patrum não tem apoio bíblico, e nem existe uma orla para os pais (santos antigos).

■Não é Limbus Infantus. A palavra infantus refere se à crianças. Na doutrina romana, havia no Sheol Hades um lugar especial de habitação das almas de todas as crianças não batizadas. Segundo essa doutrina, nenhuma criança não batizada pode entrar no céu. Por outro lado, é inaceitável a idéia do limbus infantus como lugar de prova, também para crianças.

■Não é estado para reencarnações. Não é um lugar de migrações e perambulações espaciais. Os espíritas gostam de usar o texto de Lucas 16.22,23, para afirmarem que os mortos podem ajudar os vivos. Mas Jesus, ao ensinar sobre o assunto, declarou que era impossível que Lazaro ou algum outro que estivesse no Paraíso saísse daquele lugar para entregar mensagem aos familiares do rico, Jesus disse que os vivos tinham “ a Lei e os Profetas”, isto é, eles tinham as Escrituras. Os mortos não podiam sair de seus lugares para se comunicarem como os vivos. Portanto, é uma fraude afirmar essa possibilidade de comunicação com os mortos. Usam equivocadamente João 3.3 para defenderem a idéia de reencarnação. Vários textos bíblicos anulam essa falsa doutrina (Dt 18.9-14; Jó 7.9,10; Ec 9.5,5; Lc 16.31).

III. O QUE É ESTADO INTERMEDIÁRIO

■É uma habitação espiritual fixa e temporal. Biblicamente, o Estado Intermediário é um modo de existir entre a vida e a ressurreição final do corpo sepultado. No Antigo Testamento, esse lugar é identificado como Sheol (no hebraico), e no Novo Testamento como Hades (no grego). Os dois termos dizem respeito ao reino da morte (Sl 18.5; 2 Sm 22.5,6). É um lugar espiritual em que as almas e espíritos dos mortos habitam fixamente ate que seus corpos sejam ressuscitados para a vida eterna ou para a perdição eterna. É o estado das almas e espíritos fora de seus corpos, aguardando o tempo em que terão de comparecer perante Deus.

■É um lugar de consciência ativa e ação racional. Segundo Jesus descreveu esse lugar, o rico e Lazaro participavam de uma conversação no Sheol Hades, estando apenas de lados diferentes (Lc 16.19-31). O apostolo Paulo descreve o, no que diz respeito aos salvos, como um lugar de comunhão com o Senhor (2 Co 5.6-9; Fp 1.23). A Bíblia denomina o como um “lugar de consolação”, “seio de Abraão” ou “Paraíso” 9Lc 16.22,25; 2 Co 12.2-4). Se fosse um lugar neutro para as almas e espíritos dos mortos, não haveria razão para Jesus identifica lo com os nomes que deu. Da mesma forma “o lugar de tormento” não teria razão de ser, se não houvesse consciência naquele lugar. Rejeita se segundo a Bíblia, a teoria de que o Sheol Hades é um lugar de repouso inconsciente. A Bíblia fala dos crentes falecidos com “os que dormem no Senhor” (1 Co 15.6; 1 Ts 4.13), e isto não refere se a uma forma de dormir inconsciente, mas de repouso, de descanso. As atividades existentes no Sheol Hades não implicam que os mortos possam sair daquele lugar, mas que estão retidos ate a ressurreição de seus corpos para apresentarem se perante o Senhor (Lc 16.19-31; 23.43; At 7.59).

IV. O SHEOL HADES, ANTES E DEPOIS DO CALVÁRIO

■Antes do Calvário. O Sheol Hades dividia se em três partes distintas. Para entender essa habitação provisória dos mortos, podemos ilustra lo por um circulo dividido em três partes. A primeira parte é o lugar dos justos, chamada “Paraíso”, “seio de Abraão”, “lugar de consolo” (Lc 16.22,25; 23.43). A segunda é a parte dos ímpios, denominada “lugar de tormentos” (Lc 16.23). A terceira fica entre a dos justos e a dos ímpios, e é identificada como “lugar de trevas”, “lugar de prisões eternas”, “abismo” (Lc 16.26; 2 Pe 2.4; Jd v.6). Nessa terceira parte foi aprisionada uma classe de anjos caídos, a qual não sai desse abismo, senão quando Deus permitir nos dias da Grande Tribulação (Ap 9.1-12). Não há qualquer possibilidade de contato com esses espíritos caídos; habitantes do Poço do Abismo.

■Depois do Calvário. Houve uma mudança dentro do mundo das almas e espíritos dos mortos após o evento do Calvário. Quando Cristo enfrentou a morte e a sepultura, e as venceu, efetuou uma mudança radical no Sheol Hades (Ef 4.9,10; Ap 1.17,18). A parte do “Paraíso” foi trasladada para o terceiro céu, na presença de Deus (2 Co 12.2,4), separando se completamente das “partes inferiores” onde continuam os ímpios mortos. Somente, os justos gozam dessa mudança em esperança pelo dia final quando esse estado temporário se acabara, e viverão para sempre com o Senhor, num corpo espiritual ressurreto.

CONCLUSÃO
Essa doutrina fortalece a nossa fé ao dar-nos segurança acerca dos mortos em Cristo, e é a garantia de que a vida humana tem um propósito elevado, alem de renovar a nossa esperança de estar para sempre com o Senhor.

H.D.L - Reverendo.

13 novembro 2009

Um novo momento - Blog mudou de nome




"Uns por amor, sabendo que fui posto para defesa do evangelho" (Fp 1:16).

Dentre tantas responsabilidades que estão sobre os nossos ombros, nós obreiros e servos do Senhor, é defender as Verdades Sagradas do Evangelho, desde os primórdios, a Igreja tem combatido as heresias e os heréticos que surgem para roubar a fé daqueles que com sinceridade estão envolvidos no serviço do Senhor da Ceara (Jd.3,4). O apóstolo dos gentios ao escrever essa carta aos irmãos da cidade de Filipos, ele exorta a Igreja a se manter firme contra os falsos ensinos que estavam sendo propagados, por falsos obreiros (Fp 3.1), que haviam se introduzidos e com isso, a saúde da Igreja estava em risco.
EU sei que será uma tarefa difícil está postando sempre devido a compromissos diversos na obra do Mestre, mas estaremos nos esforçando o máximo para que todos aqueles que visitarem o mesmo, possam ser abençoados.

No amor de Cristo

Pb. Herlon Charles

14 outubro 2009

Uma Nova Etapa

Os planos de Deus em nossas vidas é singular e especial, muitas vezes não entendemos a maneira como Ele trabalha a nosso favor, até porque, nossa mente é muito pequena pra entender os Arcanos de Deus. Deus muitas vezes nos leva pelos desertos e pelos vales para poder nos introduzir nas elevadas alturas dos montes. O caminho do trono geralmente é pela avenida da aflição. A exaltação não vem antes da humilhação. Essa é forma pedagógica de Deus nos ensinar a sermos totalmentes dependentes dele, a depositarmos inteiramente nossa confiança e nossa fé em sua pessoa. Os planos de Deus são todos traçados por sua bondade, misericórdia, por seu amor, e todos assistidos por sua preenciência. Servimos a um Deus que governa cada segundo de nossa vida, é o Deus que transcede a história, o tempo e com seu poder domina tudo.
Estamos iniciando uma nova etapa e com certeza o nosso Deus está controlando e regendo tudo, mesmo quando tudo parece estar dando errado, mas, Ele é o que controla todo nosso ser, toda a nossa vida.

Que Deus Abençõe a todos que visitam esse blog. Tentarei estar mais presente aqui.

Pb. Herlon Charles

02 julho 2009

Seja Bem Vindo Meu Filho: João Pedro

Quero Louvar ao Senhor pela vida, saúde de minha esposa Mércia e meu filho João Pedro.
Nestas fotos estão a Thalita minnha jóia preciosa, e a irmã Darci, uma grande amiga.








Pregador é rejeitado para assumir um Ministério

Depois de passar anos e anos trabalhando para a obra do Senhor, um pastor de uma igreja pensou em deixar o seu cargo devido a sua idade estar avançada, mas a preocupação era para quem passar o cajado?
Quem poderia substituir este pastor que alcançou o sucesso em sue ministério?
Preocupado, reuniu a igreja e anunciou a sua decisão. Explicou a sua preocupação e deu a oportunidade dos candidatos ao cargo enviarem seu currículo ministerial.
Depois de alguns dias, o pastor recebeu apenas uma carta de um candidato que não era membro da igreja, mas cristão.
Ele reuniu o conselho da igreja para ler a carta e resolver se aquela pessoa serviria para o cargo pastoral.
O pastor que iria deixar o cargo disse: Senhores, eu recebi apenas uma carta e creio que devo ler a vocês o que ela relata sobre o candidato.
A Carta diz o seguinte:
“ Amigos de ministério,Graça e paz
Sabendo que o cargo esta a disposição, mesmo não sendo membro desta igreja, resolvi me candidatar.
Quero falar um pouco do meu ministério a vocês.
A misericórdia de Deus tem sido viva em minha vida. Deus tem usado a minha vida para pregar em diversos lugares não grandes, mas pequenos.
Deus me deu a capacidade de ser escritor, gosto de escrever para os meus amigos sobre a Palavra de Deus.
Tenho 50 anos, mas com muita vontade de fazer a obra do Senhor. Admito que nunca fiquei numa igreja por muito tempo. Certa vez, tive que deixar uma cidade correndo porque a minha pregação causou um grande tumulto.
Tenho que admitir que alguns não gostam do jeito que prego, mas não me preocupo em agradar a ninguém, mas ao meu Senhor.
Deixo claro que sou ex-presidiário, estive na cadeia por alguns anos, não porque as minhas ações foram más, pelo contrário, foi por causa da palavra de Deus, por defender o que creio.
A minha saúde não é muito boa, sou uma pessoa doente, porém, eu consigo trabalhar. Entendo que todos nós, filhos de Deus ou não,podem ficar doentes.
Até agora, eu mesmo tenho trabalhado para sustentar as minhas despesas, embora pequenas. Não acho que o pastor necessita ter uma vida luxuosa, mas o necessário para viver.
As igrejas que tenho pregado são pequenas, não acredito que a igreja deva ser luxuosa e enorme, pois eu mesmo não daria conta em atender a todos os irmãos. Já não é fácil tomar conta de uma igreja com poucos membros, imagine uma igreja enorme!
Acredito que a melhor forma para pregar o evangelho é ter diversas igrejas espalhadas pelo Brasil de vez construir catedrais.
Admito que não tenho interesse em buscar relacionamentos com os grandes líderes religiosos, prefiro passar o meu tempo com os pobres, pessoas que não são importantes para o meio religioso e com aqueles que necessitam do Evangelho.
Eu não gosto de anotar o numero daqueles que batizei, aqueles que aceitaram Jesus como Senhor em minhas pregações. Eu não busco glórias e famas pelos meus títulos, pois eles não passam de trapos perto do que Jesus fez por mim.
Sou um homem que não gosto de vivenciar o passado para me gloriar. Nunca tive um arquivo sobre o que fiz.
Em minhas pregações, não busco agradar a ninguém.
Prego que o cristão, mesmo sendo dizimista ou ofertante, pode passar necessidade. Em nenhum momento das Escrituras Sagradas eu vejo o contrário.
Eu mesmo já passei fome, não tive o que vestir, mesmo fazendo a obra do Senhor. Não posso pregar o que os cristãos querem ouvir, mas aquilo que a palavra de Deus relata.
Se os senhores quiserem me dar à oportunidade de estar à frente do ministério de vocês, vou me esforçar ao máximo para ser benção na vida dos senhores. Desde já, digo que não sou perfeito. As vezes, o bem que quero fazer, eu não consigo, mas o mal que não quero, este faço. Não sou perfeito, sou apenas justificado pelo sangue de Jesus.”
Depois de ler a carta para o conselho da igreja, iniciou uma discussão se este homem era apropriado para ser o futuro pastor do ministério. Demorou apenas alguns minutos para que o veredicto fosse dado.
O conselho foi unânime em sua decisão.
Um dos pastores mais antigos do ministério tomou a palavra e disse:
“Este homem não serve para estar na frente deste ministério. Como um ministério de anos e anos de sucesso vai admitir um pastor que já passou pela cadeia, se o pastor deve ser o exemplo da igreja!
Como é que podemos ter um ex-presidiário como pastor?
E outra, ele é doente! Não podemos admitir uma pessoa doente. Como podemos ter um líder doente?
O nosso líder deve ser saudável e não pode ficar falando de suas incapacidades física para igreja porque muitos irmãos estão buscando a sua cura nas reuniões de oração!
Ter um pastor doente é impossível!
Este ministério não pode ter um pastor que não tenha um bom relacionamento com os lideres que estão em destaque!
Precisamos de um pastor carismático, simpático e que tenha um bom relacionamento com todos. Ele precisa entender que ele não precisa ser tão rígido na Palavra.
Não podemos ter um pastor que ensine que o crente pode passar necessidade mesmo dando o seu dizimo e sua oferta. O pessoal não vai mais dizimar e nem ofertar desta forma!
Pelo que ele disse, ele gosta de igrejas pequenas e o nosso projeto é crescer e construir uma igreja para 10 mil pessoas!
Como vamos conseguir realizar este projeto com ele sendo o nosso pastor?
Certamente ele irá enviar muito dinheiro para os missionários e esquecer da igreja.
Nós precisamos de alguém que seja carismático, maleável, que invista na igreja, que pregue apenas mensagens de vitória, tenha um bom relacionamento com líderes expressivos e que faça o cristão ser ofertante e dizimista a qualquer custo!
Para este conselho, este pedido é um insulto ao nosso ministério.
Não queremos este homem como pastor da nossa igreja e nem de nenhuma das nossas congregações.”
Quando o pastor acabou de falar, um dos integrantes perguntou qual era o nome do candidato.


O pastor pegou a carta e leu: Apóstolo Paulo.

Obs: Não lembro o autor.

22 abril 2009

Perdendo nossa identidade

João 13: 35 `` Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos: Se tiverdes amor uns pelos outros ´´.

Estamos vivendo o que os estudiosos classificam de era pós-moderna e infelizmente todo o seus tentáculos tem seduzido muitos servos de Deus que acabaram sedendo a toda forma de mundanismo. Infelizmente, Igrejas estão cada vez mais aderindo a forma mundanizada e secular em seus cultos e em sua forma de viver. Ensinadores de grande porte, pregadores e cantores que adotam toda filosofia desta presente era, cada vez mais tem influênciado através de meios de comunicações (televisão, rádios, internet, livros e cd´s).
O culto virou Show, pregadores e ensinadores e cantores viraram artistas. Suas pregações foram substituidas por sermões de auto-ajuda, onde o egocentrismo e o antropocentrismo tomam lugar.
O Evangelho que era pregado, onde a Palavra de Deus tinha prioridade e quando essa era pregada causava nos ouvintes transformação, produzia uma fé genuina e o arrependimento era uma coisa natural. Hoje se prega um modismo, onde frases de efeitos são mencionadas tornando o auditório entusiasmado e em uma verdadeira coreografia espiritual se alegram e se sentem comovidos pelas falácias de umm culto mãntrico.

Continua.....

18 fevereiro 2009

Harmatiologia: Uma síntese sobre a Doutrina do Pecado

Introdução:
Um dos mais profundos problemas da Teologia e da filosofia é a existência e a ação do mal. Ao longo da História, o mal tem sido motivo de estudo, pesquisa e discussão, de modo especulativo, mas também de maneira séria.
Etimologia: a palavra Pecado encontra-se mais de oito vezes nas línguas originais do Antigo Testamento, e no Novo Testamento, encontra-se mais de onze vezes.
Mais a palavra mais comum é Harmatia que é traduzido por “errar o alvo”.
Origem do Pecado:
- Na Eternidade: Satanás havia sido criado com toda perfeição (Ez. 28.12-17), mais num dado momento na eternidade, ele se rebela contra o Criador (Is. 14.12-14), e comete o primeiro pecado e consegue corromper alguns anjos, sendo, ele e todos os que lhe deram ouvidos destituídos de sua moradia original.
Na Esfera Terrena: Agora Satanás promove uma sedução ao primeiro casal, e Eva sede aos seus ardis e logo após Adão, tornando-se, eles o primeiro casal a prática do pecado na história humana.

Resultados do Pecado na Esfera Celeste:
O resultado nesta esfera, foi a expulsão tanto de Satanás como dos demais anjos que o acompanharam, causando a eles a perda de sua moradia, santidade e glória.
Resultados do Pecado na Esfera Humana
Nesta esfera, Satanás se torna o agente externo do pecado, e armas seus ardis para tentar o primeiro casal.
Adão e Eva que gozavam de uma perfeita harmonia com Deus, viviam em um lugar perfeito, o Édem, que Deus havia preparado para eles, com toda provisão para suas subsistências.
E é neste ambiente de total provisão que Satanás se manifesta a eles seduzindo-os a pecarem contra Deus.
E através da aceitação desta tentação, ou seja, da sedição ao pecado, várias conseqüências se deram:
1. Rompimento da comunhão com o Criador;
2. Perderam a majestade da glória de Deus em suas vidas;
3. A expulsão do paraíso;
4. A morte passou a ser uma realidade – morte espiritual – morte física;
5. Trabalho dificultoso;
6. A terra recebeu a maldição;
7. A mulher passaria a gerar filhos com dor;

Conclusão
Após a queda de Satanás (no céu) e do homem (no Éden), a raça humana e a própria terra experimentaram as conseqüências funestas do pecado, gerando medo, separação e tantos outros males.
Mas o Senhor nosso Deus já havia preparado um plano de resgates e restauração tanto para o homem como para sua criação: Jesus.

10 fevereiro 2009

Saudade de postar


Que saudade, tanto tempo não posto, devido a tantos compromissos diários.

Espero que eu possa continuar contando com suas visitas.


02 janeiro 2009

Os "Casamentos" do Futuro

- ATENÇÃO: A situação abaixo é inteiramente uma ficção -

Em algum lugar ao redor do mundo, em algum tempo no futuro, um escriturário está cumprindo o seu expediente no balcão de um Cartório de Registro Civil:

“O próximo, por favor.”

“Bom Dia. Nós queremos dar entrada nos papéis para o casamento.”

“Nomes?”

“Pedro da Silva Pereira e João da Silva Pereira.”

“Silva Pereira? Vocês são parentes? Posso ver que se parecem fisicamente.”

“Sim. Somos irmãos.”

“Irmãos? Mas vocês não podem se casar!”

“E por que não? A lei já não contempla o matrimônio de casais do mesmo gênero? Sabemos, inclusive, que muitos têm tido seus registros aqui neste tabelionato.”

“Sim, milhares! Mas nós nunca tivemos casamentos entre irmãos. Isto seria incesto!”

“Incesto? Não! O senhor está equivocado. Nós não somos gays.”

“Não são gays? Então, por que querem se casar?

“Pelos benefícios financeiros, é claro. E, além disso, nós nos amamos, e não temos nenhuma outra pessoa em vista para o casamento.”

“Infelizmente, senhores, nós somente lavramos o registro de casamento de gays e lésbicas para quem a igualdade de proteção legal tem sido negada anteriormente pelas autoridades judiciárias. Se vocês não são gays, podem se casar com mulheres!”

“Um momento! Um homem gay tem todo o direito de casar-se com uma mulher, assim como eu também tenho. Entretanto, simplesmente porque eu sou hetero, não quer dizer que eu queira casar-me com uma mulher. Eu quero me casar com João, meu irmão.”

“E eu quero me casar com Pedro. Este cartório vai nos discriminar simplesmente porque não somos gays?”

Aproxima-se o Oficial do Cartório, e intervém:

“Está bem, está bem! Acalmem-se, senhores. Vamos dar entrada nos papéis e fazer correr os proclamas.”

“Próximo, por favor.”

“Olá. Estamos aqui com o propósito de casarmos.”

“Nomes?”

“Rodrigo Santos, Jane Vilela, Roberto Madureira e Maria do Rosário.”

“E quem vai casar com quem?”

“Todos nós queremos casar uns com os outros.”

“Mas como é isto? Vocês são quatro pessoas!”

“Sim, está certo. Mas, veja, somos os quatro bissexuais. Eu amo a Jane e ao Roberto, Jane ama a mim e a Maria, Maria ama o Roberto e a Jane, e Roberto ama Maria e a mim. Se todos nos casarmos será a única maneira em que poderemos expressar nossas preferências sexuais em um relacionamento matrimonial.”

“Senhores, infelizmente só procedemos o registro de casamento para casais de lésbicas e gays.”

“Mas isto é uma discriminação contra as pessoas bissexuais? Por que não podemos nos casar?”

“Infelizmente é assim mesmo, senhores. Bem... a idéia tradicional do casamento é apenas para casais.”

“E desde quando vocês se regulam e se determinam pela tradição?”

“Bem, o que quero dizer é que a gente tem que estabelecer o limite em algum lugar.”

“De acordo com quem? Não existe uma razão lógica para se limitar o casamento a um casal. Quanto mais, melhor! Além disso, nós reivindicamos os nossos direitos! As nossas autoridades afirmam que a Constituição garante igualdade e proteção legal a todos os cidadãos. O senhor queira, por gentileza, fazer correr os nossos papéis para o casamento!”

O Oficial do Cartório, agora mais atento, aproxima-se novamente, e arremata:

“Está bem, está bem! Será feito, senhores. Fiquem tranqüilos! Aceitam um cafezinho?”

O escriturário, sentindo-se constrangido, e de cabeça baixa e olhos pregados nos papéis, prossegue:

“O próximo, por favor.”

“Nomes?”

“Daniel Costa e Paulo Ricardo Gonçalves”

“Até que enfim um casal normal...!”

“Idades?”

“Daniel , 48 anos, e Paulo Ricardo, 13 anos”.

O escriturário levanta a cabeça e ajeita os óculos.

“Mas isto não é possível, senhor. Este menino é só um adolescente!”

“E qual o problema?”

“Bom...”

O escriturário olha para o Oficial, como a pedir socorro.

“O casamento produz a emancipação do menor, senhor. Já não é assim nos casamentos de heterossexuais?"

“O menor trouxe a assinatura dos pais ou responsáveis?”

“E é preciso?! Não basta apresentar as testemunhas? Elas estão assentadas ali...”

O escriturário já tem o pescoço meio virado para a mesa do Oficial, enquanto Daniel, à frente, repousa o seu braço sobre os ombros de Paulo Ricardo, que está igualmente expectante pela resposta.

“Por favor, dirijam-se àquela extremidade do balcão e resolvam este caso com aquele senhor lá adiante...”

“Próximo”.

“Nome?”

“Davi Januário Assunção.”

“E o outro homem?”

“Sou somente eu. Eu quero me casar comigo mesmo.”

“Casar-se consigo mesmo? O que você quer dizer com isto? Está maluco?”

“Bem, meu analista disse que eu tenho dupla personalidade. Então, quero casar as duas personalidades. Talvez, desta maneira, eu possa fazer uma declaração conjunta de Imposto de Renda e aumentar a minha restituição.”

A esta altura, foi o escriturário que quase teve um surto psicótico, e extravasou:

“Chega! Eu desisto!! Vocês estão fazendo pouco caso do casamento!!”

E, confuso, ele já não sabia mais se poderia oferecer alguma definição do que seja casamento... Aproveitou, e pediu ao Davi::

“Você pode me indicar o seu analista?... Aliás, vocês... xiii”.

"Mais tarde! Pois a fila continua imensa e crescente, e sabe-se lá o que ainda vem por aí."

Como foi dito, a situação acima é inteiramente ficcional ou fictícia. Entretanto, talvez alguém se pergunte: "E isto poderia tornar-se realidade?" O que você acha?

(Texto escrito a partir de uma estória que me chegou por e-mail.

O texto reproduz algumas partes da estória.)
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