28 janeiro 2010

Tesouro em Vasos de Barro

Vasos de barro (gr. ostrakinois skeuesin)
Antes da invenção da cerâmica (durante o sexto milênio A.C.) os vasos eram receptáculos feitos de peles, canuços, madeira e pedra. Esses objetos eram feitos de materiais perecíveis. Pedras de resistência média, pedra calcária, alabastro, basalto, e também obsedianas (feita de lava que esfriou rapidamente) eram cortadas e escavadas para tomar forma como taças, jarras, pratos, etc. Grandes jarros de pedra ou de barro eram empregados para guardar líquidos. O barro poroso de que eram feitos esses vasos absorvia um pouco do líquido, assim, impedindo a evaporação e mantendo o conteúdo fresco. "A cerâmica coríntia era famosa no mundo antigo e Paulo pode ter se referido às pequenas lâmpadas de barro que eram bastante baratas e frágeis, ou, então, a vasos ou urnas de cerâmica."
"No Oriente era comum guardar o tesouro ou as riquezas em vasos de barro cozido, material comum e frágil, para protegê-los da umidade”.
OS VASOS DE BARROS: O barro fala de nossa natureza humana:
“E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra […]” (Gn 2.7)
“Ai daquele que contende com o seu Criador! E não passa de um caco de barro entre outros cacos. Acaso, dirá o barro ao que lhe dá forma: Que fazes? Ou: A tua obra não tem alça.” (Is 45.9)
“Pois ele conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó.” (Sl 103.14)
O QUE VOCÊ GUARDA NO VASO?
“Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós. Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos”
II Coríntios 4:7/9
Estes versículos nos apresentam algumas verdades importantes:
1. Primeiramente, ele revela o material que somos feito – barro. Este não é o único texto em que esta figura é apresentada. Trata-se do conceito essencial e fundamental da idéia bíblica a respeito do homem. É importante que tenhamos tal consciência. E mais, diz não apenas que somos vasos, mas que somos “vasos de barro” – um material muito simples, que, em si mesmo, tem pouco valor.
Existem vários tipos de vaso. Alguns se assemelham a lama ressequida, que esmigalham ao primeiro toque. Outros são duros e resistentes por natureza, outros mais moldáveis, maleáveis, outros, de porcelana muito fina, lindo, mas que racham facilmente. Contudo, não passam de um tipo de barro. No fundo, somos todos pessoas comuns.
2. Em segundo lugar, para que servem os vasos? São recipientes em que se coloca alguma coisa. Os vasos têm por finalidade conter alguma coisa e, quando não há nada neles, são vasos vazios. Ele nos lembra que fomos criados para conter alguma coisa. E o que deveríamos conter? A Bíblia responde: fomos criados para conter Deus 1Co. 6:19.
Quando vemos indivíduos egoístas, solitários e vazios transformarem-se, em pessoas felizes, ternas, cheias de calor humano, saudáveis, compreendemos por que o apóstolo descreve como “riquezas insondáveis”. A razão porque o tesouro é colocado dentro de pessoas falhas, faltosas, fracas e pecaminosas, é para que fique bem claro que esse poder não se origina em nós. Ele não resulta de uma personalidade forte, nem de mente arguta, bem treinada, nem de uma educação e escolaridade superior. Ele vem de Deus. Nossa condição de “barro” deve ficar bem explícita para os outros e para nós mesmos, que o segredo não está em nós, mas em Deus.
A Fragilidade do vaso e o poder que está dentro dele, o qual cós capacita para suportarmos os problemas da vida
1. “Em tudo somos atribulados”: Atribulados é tradução do verbo grego “Thlibo”, que significa: pressionar, oprimir, afligir. Temos aqui a pressão da perseguição; mas também essa palavra pode referir-se a outros tipos de tribulação, que pressionam que restringem a feliz expressão da alma.
2. ”Mas não angustiados”: Vem do verbo grego “Stenochoreo”, que quer dizer: amontoar, confinar, restringir. É possível que neste contexto, signifique “esmagar”, o que talvez expresse melhor a idéia tencionada por Paulo.
3. “Perplexos, porém não desanimados”: No grego “Aporeo”, sentir-se desorientado, estar em dúvida, estar muito perturbado.
4. “Não desanimados”: Trata-se da mesma expressão usada na anterior, exceto que a preposição intensificadora é prefixada à mesma, “Eksporeo”. Essa outra palavra significa estar em profundo desespero, desesperar da vida, encontrar-se em intensa dificuldade.
5. “Perseguidos”: Significa excluídos, expulsos, caçados, dando a entender uma grande oposição.
6. “Não desamparados”: Isto é não esquecidos, abandonados, deixados para trás.
7. “abatidos”: No grego “Katabalo”, lançar por terra, derrubar.
8. ”Porém não destruídos”: No grego é “Apollumi”, arruinar, destruir, na voz passiva, ser arruinado, ser destruído. Esse verbo também é usado para indicar: morrer, perecer.
O segredo: Está no que você guarda no vaso

Obs: Não foi possível colocar bibliologia.
Pb. Herlon Charles
Superintendente da Escola Dominical

23 janeiro 2010

A Glória das Duas Alianças

A Glória das Duas Alianças

Definição do Termo: No Antigo Testamento, encontramos no hebraico bíblico as seguintes palavras para “glória”:

- ‘adar. Glória, magnificência; manto, capa. Esta raiz possui a conotação daquilo que é superior a alguma outra coisa, e que, por conseguinte, é majestoso. O termo pode ser um empréstimo do ramo norte-cananeu. O fenício confirma ‘adar como verbo (ser poderoso) e substantivo (nobre, de classe superior). No ugarítico ‘dr significa classe alta ou poderosa. Esta raiz é frequentemente usada para se referir à glória, à majestade e ao poder de Deus (Êx 15, 1 Sm 4.8, Sl 136.18, Sl 8.1-2, Sl 93.4, Sl 76.4-5).

- hadar. Ornamento, esplendor, honra. O substantivo hadar é associado: 1) à glória da natureza à medida que reflete a bondade de Deus (Lv 23.40; Sl 111.3; Is 35.2); 2) ao homem (Is 53.2; Sl 8.6; 3) às cãs dos idosos (Pv 20.29); 4) à esposa ideal (Pv 31.25); 5) a cidades (Is 5.14; Lm 1.6; Ez 27.10). Com maior frequência o termo se aplica a um rei e à sua majestade real (Sl 45.3; Dn 4.34) ou ao próprio Deus (Sl 29.34; 90.16; 96.6.

- hod. Esplendor, majestade, vigor, glória, honra. Este substantivo é usado como característica ou atributo de um homem (Nm 27.20; Pv 5.9; Dn 10.8, Os 14.7; Jr 22.18), de animais (Jó 39.20; Zc 10.3), de plantas (Os 14.7). Se relaciona também a majestade e à glória de Deus (Sl 8.2; 148.13; 145.4; 104.1; Is 30.30; Zc 6.13).

- kabod. Glória. Esse termo manifesta a beleza imutável do Deus manifesto (Sl 145.5). Sendo assim, kabod assume o sentido de “manifestação visível de Deus (Êx 16.10; 40.34; Ez 9.3). Esse significado ganhou força, ao ponto do termo grego doxa, que nos clássicos latinos tinha a idéia de opinião dos homens, passar a significar algo absolutamente objetivo na LXX e no NT. As manifestações de Deus (de sua glória) se relacionam diretamente com a sua auto-revelação, com o seu desejo de habitar com os homens, de tornar conhecido aos homens o seu esplendor. Seu esplendor e presença real manifestou-se ao máximo em Jesus, o Verbo que se fez carne: “E vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (Jo 1.14).
No Novo Testamento, e em especial no texto de 2 Co 3.1-11, nos versículos 7, 8, 9 e 11, o termo utilizado para “glória” é doxa: esplendor, glória, reputação, honra, louvor.

O significado de “pompa”, “poder”, “majestade terrena”, se fundamenta no Antigo Testamento. Acima de tudo, doxa expressa a glória e o poder de Deus (Sl 24.7; 29.3; Is 42.8). Quando aplicada a Ele, não significa Deus em sua natureza essencial, mas a manifestação luminosa da Sua pessoa, Sua gloriosa revelação de Si mesmo.
Glória é manifestação, presença e intervenção objetiva de Deus.

Paulo não está afirmando que a Antiga Aliança não possuía glória (presença de Deus, louvor, honra, poder), mas que a Nova Aliança supera em glória a Antiga Aliança. Na Antiga Aliança Deus manifestou a sua presença para os crentes, na Nova Aliança ele manifesta a sua presença dentro dos crentes.

A Definição do Termo Aliança

Aliança pode ser definida como: “um acordo firmado entre Deus e a família humana, através do qual Ele promete abençoar os que lhe aceitam a vontade e guardam os seus mandamentos. A base das alianças é o amor divino. É um compromisso gracioso da parte de Deus, pelo qual Ele concede-nos favores imerecidos. Pelo que recebemos do Eterno, até parece que as alianças bíblicas são unilaterais. Oferece-nos tanto o Senhor; e, nós, tão pouco a entregar-lhe. Mas, é justamente neste ponto, que a graça revela todo o seu esplendor.”

O Dicionário Bíblico de Wycliffe define aliança como: “um acordo entre duas ou mais pessoas em que quatro elementos estão presentes: partes, condições, resultados, garantias.” Em hebraico, uma “aliança” é determinada pelo termo berit.
As Alianças Bíblicas

1) A Aliança Edênica: Ela condicionou a vida do homem no estado da inocência, Gn 1:28.

2) A Aliança com Adão: Ela condicionou a vida do homem decaído, oferecendo a promessa de um Redentor, Gn 3: 14-21.

3) A Aliança com Noé: Ela estabeleceu o princípio do governo humano e assegurou a continuação da vida sobre o planeta, Gn 9:1-17.

4) A Aliança com Abraão: Ela daria início à nação israelita e concedeu-lhe a terra palestina, Gn 12: 1-3.

5) A Aliança com Moisés: Ela condena todos os homens”porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”, Rm 3:23; Êx 19:1-25.

6) A Aliança Palestínica: Ela assegura a restauração e a conversão final de Israel, Lc 26; Dt 28:1 a 30:3.

7) A Aliança co Davi: Ela promete o trono de Israel à posteridade de Davi, promessa que se cumprirá em Cristo, o Filho de Davi, 2Sm 7:16; 1 Cr 17:7; Sl 89:27; Lc 1:32,33.

8) A Nova Aliança: Ela assegura a transformação espiritual de Israel e de todos que crêem em Cristo, tornando-os aceitáveis a Deus.

O Ministério da Lei em Contradição com o Ministério da Graça
1. A Lei diz: “Olho por olho e dente por dente” (Êx 21.23-25). A Graça diz: “Não resistirá ao mal” (Mt 5.39.

2. A Lei diz: “Aborrecerás o teu inimigo” (Dt 23.6). A Graça diz: “Amais os vossos inimigos” (Mt 5.44).

3. A lei exige: “Fazei e vivei (Lv 18.5). A graça diz: “Crede e vivei” (Jo 5.24).

4. A lei foi dada por causa da transgressão (Gl 3.19). A Graça foi dada como promessa a Abraão e sua posteridade: Cristo Gl 5.3-18.

5. A Lei é a força do pecado (Rm 4.15). A Graça nos livra do pecado (Rm 6.14,15).

6. A Lei condena a melhor criatura (Sl 14.1-3). A Graça justifica graciosamente a pior criatura (Lc 23.43; Rm 5.5-8).

7. A Lei opera a ira de Deus (Rm 4.15). A Graça nos livra da ira futura (Is 54.8).

8. A Lei fecha toda a boca (Rm 3.19). A Graça abre toda a boca (mc 16.15-18).

9. A Lei opera a morte ( Rm 7.4-11) .A Graça opera a vida eterna (Jo 5.24,39,40).

10. A Lei não justifica alguém diante de Deus (At 13.39). A Graça nos justifica mediante a fé (Rm 3.21-28).


Bibliologia :
Bíblia de Estudo Pentecostal;
Bíblia de Estudo Dake;
Bíblia de Estudo Sheed;
Dicionário Vine, Cpad;
Guia do Leitor da Bíblia; Cpad;
Estudo sobre O Apocalipse, Cpad;
Pb. Herlon Charles Superintendente da Escola Dominical

Subsídio para Ebd - A Glória do Ministério Cristão

A Glória do Ministério Cristão:

A palavra Ministério é “diakonia” o cargo e trabalho de um “diakonos”; serviço, ministério.

É usado acerca de: a) deveres domésticos (Lc 10:40); b) o ministério apostólico (At 1:17, 25; 6:4; 12:25); c) o serviço dos crentes (At 6:1; Rm 12:7; 1 Co 12:5); d) coletivamente o serviço de uma Igreja local (At 11:29); e) o serviço de Paulo em favor dos santos pobres (Rm 15: 31); f) o ministério do Espírito Santo no Evangeho (2Co 3:8); g) o ministério dos anjos (Hb 1:14 “servir”); h) o ministério geral de um servo do Senhor em pregar e ensinar (At 20:24; 2Co 4:1; 6:3; 11:8; 1 Tm 1:12); i) a lei, como um ministério da morte (2Co 3:7) da condenação 2Co 3:9).
Temos a palavra Leitourgos denota entre os gregos, primeiramente , “alguém que desempenhava um cargo público à própria custa”, então, em geral, “funcionário público, ministro”. No Novo Testamento é usado acerca de : a) Jesus, como ministro do santuário nos céus (Hb 8:2); b) anjos (Hb 1:7 ; Sl 104:4); c) o apóstolo Paulo, no seu ministério evangélico, cumprindo-o como sacerdote em serviço (Rm 15: 16); d) Epafrodito, ao ministrar às necessidades de Paulo em nome da Igreja em Filipos (Fp 2:25; aqui está em vista o serviço representativo); e) os governantes terrenos, os quais, ainda que não atuem conscientemente como servos de Deus, desempenham funções que são a ordenança de Deus (Rm 13:6).
Já a palavra Ministro no grego é “Diakonos” e significa: servo, criado, assistente, auxiliar, diácono.
Outra tradução da palavra Ministro é “Huperetes” e significa: remador (da fileira) de baixo; qualquer subordinado que age sob a direção de outrem; em Lucas 4:20, ministro, quer dizer o assistente à serviço da Sinagoga; em At 13:5, é dito acerca de João Marcos (cooperador).
Consciência
No latim conscientia é a junção de duas palavras: com e scientia. O prefixo com significa “com” ou “junto”, e o sufixo scientia significa ciência, conhecimento, saber. Portanto, consciêntia quer dizer: “saber com”, saber junto” ou conhecimento que acompanha”. No grego neotestamentário, a palavra consciência é “Syneidesis”, que significa “saber junto”, concordar com”, co-percepção”. Se a idéia literal da palavra consciência é concordar com algo ou alguém, não nos é difícil entender que o papel da consciência é concordar com um princípio estabelecido no âmago de seu espírito. Esse princípio se manifesta como uma lei moral interior para reger a nossa vida.
Teologicamente, a consciência é uma faculdade ou atributo do espírito humano. É uma lei moralidade e do espírito, que rege as ações do ser humano abrangendo toda a sua vida espiritual, moral, física, social, e material.
O testemunho da consciência: o obreiro cristão deve ter em mente que sua consciência o acompanha em todas as suas esferas de sua vida, isso inclui o ministério. Paulo cita sua consciência para demonstrar que seus atos em relação aos coríntios não tinham segundas intenções.
Há três tipos de julgamento na vida do obreiro como mordomo –1Co 4: 3-6
4.1. O julgamento dos homens – v. 3a – O julgamento dos homens não é o mais importante. Não estamos servindo a homens, mas a Cristo.
4.2. O julgamento da consciência – v. 3b-4 – Os filósofos gregos e romanos (Platão e Sêneca) consideravam a consciência como o juiz máximo do homem. Para Paulo, apenas Deus pode sê-lo. Nossa consciência não é totalmente confiável. Podemos ser justificados por ela e condenados por Deus. Algumas vezes, nós não nos conhecemos a nós mesmos.
4.3. O julgamento de Deus = v. 4b – O juízo de Deus é final, porque só Deus conhece: 1) Todas as circunstâncias; 2) Todas as motivações.

Bibliologia:
Bíblia de Estudo Pentecostal;
Dicionário Vine – Cpad;
A síndrome do canto do galo – Cpad.

Pb. Herlon Charles

Subsídio para Ebd

2° CORÍNTIOS

Autor: Paulo - Data: Cerca de 55 - 56 dC

Contexto Histórico e Data

A visita de Fundação a Corinto durou cerca de dezoito meses. Atos 18, Paulo escreveu um epístola anterior a 1Corintios (1Co 5.9). Paulo escreveu 1Coríntios em Éfeso por volta de 55 dC. Uma breve, porém dolorosa visita a Corinto causou “tristeza” a Paulo e à igreja (2Co 2.1; 13.2). Depois dessa dolorosa visita, Paulo escreveu uma epístola severa, entregue por Tito (2 Co 2.4; 7.6-8). Paulo escreveu 2 Coríntios da Macedônia, durante seu caminho de volta a Corinto, em 55 ou 56 dC. A visita final de Paulo a Corinto (Atos 20), provavelmente, tenha ocorrido quando ele escreveu Romanos, pouco antes de voltar a Jerusalém. A visita dolorosa, que Atos não registra, e a carta severa fornecem pano de fundo imediato para a redação de 2 Coríntios.

Não possuímos a epístola Severa, embora alguns estudiosos tenham sugerido que 2Co 10-13 possa ter sido parte dela. Entretanto, não há evidências manuscritas que fundamentos esse ponto de vista.

Características

2 Coríntios é a mais autobiográfica das epístolas de Paulo, contendo inúmeras referências às dificuldades que ele enfrentou no curso de seu ministério (11.23-33). Paulo as menciona para estabelecer a legitimidade de seu ministério e para ilustrar a natureza de verdadeira espiritualidade. Ao defender seu ministério, Paulo abre seu coração, mostrando sua profunda emoção. Ele revela o seu forte amor pelos coríntios, seu zelo ardente pela glória de Deus, sua lealdade inflexível à verdade do evangelho e sua indignação implacável ao confrontar aqueles que rompem o companheirismo da igreja. Sua vida estava inseparavelmente leigada à de seus convertidos, e ele não era profissionalmente frio em seu ministério (1.6; 5.13; 7.3-7;11.2; 12.14-15).
Paulo é rejeitado por alguns crentes de Corinto. Tais pessoas acusam-no:

1- De leviandade (II Co. 1.15);
2- De não ter carta de recomendação (II Co. 3.1);
3- De dar motivo de escândalo (II Co. 5.11; 6.3-4);
4- De se beneficiar pessoalmente das ofertas (II Co. 7.2; 12.16);
5- De usar sua oratória em benefício pessoal (II Co. 10.10; 11.6).

Esse é justamente o objetivo de Paulo nessa Epístola: a defesa do seu apostolado. O versículo-chave é II Co. 4.7: “Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor, e a nós mesmos como vossos servos por amor de Jesus Cristo”. Essa Carta provavelmente foi levada por Tito (II Co. 8.16), o qual deveria também ajudar a igreja a coletar uma oferta para os irmãos necessitados de Jerusalém. Essa Epístola, escrita provavelmente no ano 56 d. C., da Macedônia. A palavra-chave da Epístola é “consolo”, pois, começa (II Co. 1.3) e com ela termina (II Co. 13.11). O verbo “consolar” – parakaleo - em grego aparece dezoito vezes e o substantivo – paraklesis - “consolação”, onze vezes.

Bibliografia:
Bíblia de Estudo Pentecostal;
Novo Testamento Interpretado – Cpad;
Comentário Bíblico Moody;
Comentário Bíblico 1 e 2 Coríntios – T. R. Hoouver.

Subsidio para Ebd

A Cidade: Gr. Korinthos.
Uma antiga cidade grega situada 8 km a sudoeste do atual canal que atravessa o Istmo de Corinto. Para sul encontrava-se uma montanha que se elevava a cerca de 550 m e no topo, conhecido por Acrocorinthus, da qual se situava uma cidadela e um templo de Afrodite. A localização de Corinto era na única ligação terrestre entre o norte da Grécia e o Peloponeso, tal como o fato de a cidade possuir portos em dois golfos que era responsável pela sua importância e riqueza.
Os primeiros colonos de Corinto não eram gregos. Mais tarde, os fenícios instalaram colonos nesta cidade, e eles envolveram-se na manufatura de púrpura tingida com uma substância feita a partir de marisco. Dedicaram-se também à manufatura de têxteis, cerâmica e armaduras. Na última parte do 2º milênio, o povo de Ática tomou Corinto e, mais tarde, os dórios conquistaram-na. A cidade caiu nas mãos de Filipe da Macedônia e permaneceu sob controle
macedônio até que os romanos a declararam independente em 196 AC. Rebelou-se contra Roma e foi completamente destruída por Mummius em 146 AC, permanecendo em ruínas durante um século. Júlio César deu início à reconstrução da cidade em 44 AC, tornando-a capital da província da Acaia, com estatuto de colônia. Por causa deste seu estatuto, tornou-se residência de um procônsul (At 18:12). Na cidade viviam muitos romanos, gregos e orientais e existia ali também uma comunidade judaica.
A cidade era conhecida pela sua imoralidade. O termo “rapariga coríntia” era sinônimo de “prostituta” e “corintianizar” significava levar uma vida imoral. De acordo com Estrabão, existiam cerca de mil raparigas escravas trabalhando como prostitutas no templo, no santuário de Afrodite, localizado no Acrocorinthus.
A Autoria, a Carta e Propósito:
A autoria dessa Epístola aos Coríntios está explicitada em sua abertura: “Paulo, apóstolo de Jesus Cristo” (II Co. 1.1), além dos testemunhos históricos de Irineu, Atenágoras, Clemente de Alexandria e Tertuliano, todos do Século II. Paulo enviara Timóteo a Corinto para levar a primeira Carta e regularizar as situações adversas na igreja daquela cidade (I Co. 4.17). Como a viagem de Timóteo não surtiu o efeito desejado, o próprio Apóstolo se encarrega de fazer uma viagem para Corinto (II Co. 12.14; 13.1). Mesmo assim, o resultado da viagem não foi satisfatório (II Co. 2.5; 7.12). Ao invés de chegar a um consenso em relação aos problemas da igreja, Paulo é rejeitado por alguns crentes de Corinto. Tais pessoas acusam-no:
1- De leviandade (II Co. 1.15);
2- De não ter carta de recomendação (II Co. 3.1);
3- De dar motivo de escândalo (II Co. 5.11; 6.3-4);
4- De se beneficiar pessoalmente das ofertas (II Co. 7.2; 12.16);
5- De usar sua oratória em benefício pessoal (II Co. 10.10; 11.6).
Esse é justamente o objetivo de Paulo nessa Epístola: a defesa do seu apostolado. O versículo-chave é II Co. 4.7: “Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor, e a nós mesmos como vossos servos por amor de Jesus Cristo”. Essa Carta provavelmente foi levada por Tito (II Co. 8.16), o qual deveria também ajudar a igreja a coletar uma oferta para os irmãos necessitados de Jerusalém. Essa Epístola, escrita provavelmente no ano 56 d. C., da Macedônia. A palavra-chave da Epístola é “consolo”, pois, começa (II Co. 1.3) e com ela termina (II Co. 13.11). O verbo “consolar” – parakaleo - em grego aparece dezoito vezes e o substantivo – paraklesis - “consolação”, onze vezes.
Dez são os temas principais abordados nesta segunda carta aos Coríntios:

1 – Tema: Deus Pai: Ele é Pai, motivo pelo qual usa de misericórdia e consola aos seus filhos (2Co. 1:3);
2 – Tema: A realidade de Satanás e dos seus poderes diabólicos: Satanás é o deus deste mundo (2Co 4:4), embora se disfarce como mensageiro luminoso (2Co 11:14);
3 – Tema: O Senhor Jesus Cristo: Ele é o Cristo preexistente, que não quis preservar sua anterior posição gloriosa e nem quis ignorar os homens, mas antes empobreceu por nossa causa, dessa maneira conferindo-nos as riquezas dos céus (2Co 8:9);
4 – Tema: O Espírito Santo: O Espírito de Deus é quem produz a nova ordem determinada por Deus e trazida à luz por Jesus Cristo, o filho de Deus, proporcionando vida aos homens, e que o código legal de Moisés jamais poderia ter feito (2Co 3: 17 – 19);
5 – Tema: A Autoridade do Antigo Testamento: As promessas de Deus contidas nelas se referem aos crentes que são o verdadeiro Israel (2Co 1:19, 20) O erro fatal dos judeus incrédulos foi não terem eles percebidos o cumprimento do Antigo Testamento na nova Dispensação, em Cristo Jesus;
6 – Tema: A Imortalidade: A mais completa descrição bíblica sobre a imortalidade aparece no quinto capítulo desta epístola. A imortalidade não consiste de mera existência interminável, antes consiste de uma vida de propósito e tipo específico. No começo do estado eterno, cada crente será julgado de acordo com sua conduta nesta vida terrena. Esse julgamento determinará o nível de glória
da transformação em Cristo, da capacidade de servir ao Senhor, naquele novo estado.
7 – Tema: A função e os propósitos do sofrimento do crente: Os homens são apenas vasos de barro e devem experimentar sofrimentos e provas; porém “o poder se aperfeiçoa com o sofrimento” (2Co 12:9). O sofrimento é um instrumento que Deus usa a fim de levar a existência humana à perfeição, tanto como agente purificador, como agente desenvolvedor das graças espirituais.
8 – Tema: A esperança Cristã: A despeito das frustrações, dos sofrimentos e das provas, além do desespero ocasional, tudo isso redundará para o crente em um peso eterno de glória (2Co 4: 10 -18);
9 – tema: O uso do dinheiro: Está aqui em foco o espírito cristão dadivoso. O crente deve dar de modo generoso e alegre (2Co 8:2 – 2Co 9: 6 7,8). Também devemos dar de conformidade com a capacidade própria (2Co 8: 11, 12);
10 – Tema: A defesa do Apostolado de Paulo: Os capítulos 9 a 13 são os principais trechos que aborda essa questão. Esta seção também ataca os adversários de Paulo, a quem ele reputava como falsos apóstolos. Os falsos apóstolos continuavam a difamá-lo, para assim enfraquecer a sua autoridade e apostolado e distorcer sua mensagem.
Bibliologia:
Bíblia de Estudo Pentecostal;
Bíblia de Estudo Dake;
Bíblia de Estudo Shedd;
Subsidio EBD – Internet;
Novo Testamento Interpretado Vers. Por Vers. Editora Candeia;
Minhas Anotações.
Pb. Herlon Charles – Contato: 2597 - 9280
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