11 dezembro 2012


A Atualidade dos Profetas Menores

Introdução:

O tema da lição do último trimestre de 2012 é: Os Doze profetas Menores: Advertências e Consolações para a Santificação da Igreja de Cristo. São 13 lições sobre os Profetas Menores, onde teremos a oportunidade de estudar alguns temas relevantes, tais como: fidelidade, derramamento do Espírito Santo, justiça social, soberania divina, juízo vindouro e muitos outros.

Nesta primeira lição, veremos algumas definições sobre profecia, profeta, profetas orais e literários; abordaremos algumas características dos profetas do AT; e traremos um breve resumo de cada um desses livros.

I - Definições

1 Profecia. É a revelação inspirada, sobrenatural e única do conhecimento e da vontade de Deus. A profecia não é, necessariamente, uma previsão do futuro, mas, a revelação do conhecimento e da vontade de Deus à humanidade (Am 3.7; Jr 36.1-3; Ez 2.3-8; 3.4-11).

2 Profeta. A palavra profeta deriva-se do termo hebraico nabbi que significa “falar” ou “dizer”; e do termo grego prophete, que significa “falar de antemão”. Portanto, o profeta é um mensageiro de Deus. Sua principal função é tornar conhecidas as revelações divinas e transmiti-las ao povo (Êx 7.1; Nm 12.6; I Sm 3.20; Hb 1.1,2).

3 Profetas Orais. Foram homens chamados para o ministério profético que não deixaram registros escritos, embora que outros escreveram acerca deles e de suas profecias. Dentre eles, destacamos: Gade (I Sm 22.5); Natã (II Sm 12.1); Aías (I Rs 11.29); Semaías (I Rs 12.22); Azarias (II Cr 15.1); Hanani (II Cr 16.7); Jeú (I Rs 16.1); Jaaziel ( II Cr 20.14); Elias (I Rs 17.1); Micaías (I Rs 22.14); Eliseu (II Rs 2.1), dentre outros.

4 Profetas Literários. São os profetas que registraram suas profecias e compõem os 17 livros do AT que vai de Isaías a Malaquias. Cinco deles são denominados de Profetas Maiores (de Isaías a Daniel) e doze de Profetas Menores (de Oseias a Malaquias). São assim chamados, não por causa da sua importância, e sim, pelo conteúdo do livro e pela duração de seu ministério. Embora escritos há centenas de anos antes de Cristo, a mensagem dos profetas, bem como de toda a Bíblia, é atual e necessária para a Igreja Cristã, pois, os problemas que eles enfrentaram, e os pecados que eles combateram, também ocorrem nos dias hodiernos. Eis aí a necessidade de estudarmos seus escritos e suas profecias.

II – Características Dos Profetas do Antigo Testamento

Os profetas eram pessoas que falavam em nome de Deus (Dt 18.18-20; I Rs 17.24; 22.28). Também eram conhecidos como “homem de Deus” (II Rs 4.21), “servo de Deus” (Is 20.3; Dn 6.20), “atalaia” (Ez 3.17), e “mensageiro do Senhor” (Ag 1.13). Eles denunciavam as práticas pagãs e pecaminosas (Am 8.4-6) e conduziam o povo ao restabelecimento espiritual (Is 35.3). Vejamos outras características:

1 Eles tinham um estreito relacionamento com Deus. Por estarem em perfeita harmonia com Deus (Am 3.7), os profetas compreendiam, melhor do que qualquer outra pessoa, os propósitos divinos e, muitas vezes, tinham o mesmo sentimento de Deus (Jr 6.11; 15.16,17; 20.9).

2 Eram pessoas que buscavam o bem do povo. Eles advertiam o povo contra a confiança na sabedoria, riqueza, poderes humanos e falsos deuses (Jr 8.9,10; Os 10.13,14; Am 6.8). Além disso, tinham profunda sensibilidade diante do pecado e do mal (Jr 2.12,13,19; 25.3-7; Am 8.4-7; Mq 3.8); e não toleravam a crueldade, imoralidade e injustiça social (Is 32.11; Jr 6.20; 7.8-15; Am 4.1; 6.1).

3 Tinham um estilo de vida característico. Em sua maioria, os profetas abandonaram as atividades corriqueiras da vida para viverem exclusivamente para Deus (I Rs 17.1-6; 19.19-21). Alguns deles viviam solitários (Jr 14.17,18; 20.14-18; Am 5.10; 7.10-13; Jn cap. 3,4), sem contudo, fugir da responsabilidade para a qual foram comissionados (Ez 2.4-6; 3.8,9; 33.6-7; Mq 3.8; Jr 2.19).

4 Eles anunciavam eventos futuros. Muitas de suas mensagens diziam respeito a eventos futuros. Os profetas previram, por exemplo, a destruição de Samaria pela Assíria (Os 5.8-12; 9.3-7; 10.6-15); a destruição de Jerusalém pela Babilônia (Jr 19.7-15; 32.28-36; Ez 5.5-12; 21.2,24-27); a vinda do Messias (Is 7.14; 9.6,7; 22.22; Jr 23.5,6; Mq 5.2,5); e outros eventos que ainda estão para se cumprir, como a Grande Tribulação (Dn 9.24-27; Jr 30.7); a Vinda de Jesus (Zc 14.4); e o Reino do Messias (Is 11.1-16).

11 julho 2012

02 maio 2012

Presente da Missionária Luana Dourado

21 março 2012

História da Escola Dominical

  I     1 – Introdução
            

O que é Escola Dominical?
 
                 Iniciaremos o nosso estudo com uma definição simples e objetiva do que vem a ser a Escola Dominical: “A ESCOLA DOMINICAL É O POVO DO SENHOR, NA CASA DO SENHOR, NO DIA DO SENHOR, ESTUDANDO A PALAVRA DO SENHOR”.

                            A Escola Dominical é a fase presente da instrução bíblica que tem atravessado os séculos e chegada até nós nos dias de hoje.

                            Em tempos bíblicos não havia uma instituição organizada como temos hoje, mas o primeiro fundamental, o do ENSINO BÍBLICO determinado por Deus ao seu povo já era evidente.



          IIO Ensino nos tempos Moisés

                    
A importância do Lar – Os pais eram responsáveis pelo ensino da revelação divina no lar. O lar era de fato e de direito uma ESCOLA onde os filhos aprendiam a TEMER e AMAR a Deus.

             Ref: Dt 6:7; 11:18,19; 31:12,13.


IIIO Ensino nos dias dos Sacerdotes, Reis e Profetas de Israel   

           
Os sacerdotes, além do culto divino, tinham a responsabilidade do ensino da Lei. II Cr. 15:3; Jr. 18:18; Dt. 24:8; I Sm 12:23.

                Os reis quando piedosos aliavam-se aos sacerdotes na promoção do ensino bíblico. II Cr. 17:7-9.

IVO Ensino durante o cativeiro babilônico

           

Os judeus, agora no exílio, privados do seu suntuoso templo em Jerusalém, instituíram as SINAGOGAS, as quais eram usadas como escola bíblica, casa de cultos e escola pública.
 

VO Ensino no Pós-cativeiro

            Quando o povo voltou do cativeiro houve um grande avivamento espiritual entre os judeus. Esse despertamento teve origem numa intensa propagação da Palavra de Deus e inclui um vigoroso ministério do ensino bíblico.
 

          O Cap. 8 do livro de Neemias dá um relatório de como era a escola bíblica de então:

                Vs 2    – Esdras era o “superintendente”

                Vs 3,8  – O livro-texto era a Bíblia.

                VS 3    – O horário das aulas.

                Vs 4    – Treze “auxiliares” ajudavam a Esdras na direção dos trabalhos.

                Vs  7,8 – Outros treze seriam como professores, ministrando o ensino.

            

             VI  - O Ensino nos tempos de Jesus

                              Jesus foi o grande Mestre. Lc 20.1; Mt 4:23 e 9:35.

                              A quem e onde Jesus ensinava:

                                            - Nas sinagogas. Mc 6.2

                                            - Em casas particulares. Lc 5.17; Mc 2.1

                                            - No templo. Mc. 12.35

                                            - Nas aldeias. Mc. 6.6

                                            - Às multidões. Mc 6.34

                                            - As pequenos grupos e individualmente. Lc 24.27; Jo cap. 3 e 4.

                               O ministério de Jesus era tríplice. Ele ENSINAVA, PREGAVA E CURAVA.

                               Pela pregação ele anunciava as boas novas de salvação; pelo ensino edificava a fé dos que criam e pelos milagres manifestava o Seu poder e glorificava o Pai.

       
VIIO Ensino nos dias da Igreja

         Após a ascensão do Senhor, os apóstolos e discípulos continuaram a ensinar. At 5.41,42.

                Apóstolo Paulo, um grande ensinador:

                               - Em Antioquia, um ano ensinando. At 11.26

                               - Em Éfeso, três anos ensinando. At. 20.20,31

                               - Em Corinto, um ano e seis meses ensinando. At. 18.11

                               - Seus últimos, um ano e seis meses ensinando. At. 28.31



A  FASE ATUAL    

A  ESCOLA DOMINCAL MODERNA



                            O seu fundador foi o jornalista inglês e evangélico Robert Raikers, de 44 anos, redator do Gloucester Journal, em 20 de Julho de 1780, na cidade de Gloucester, no sul da Inglaterra.

                            Raikes foi inspirado a fundar a Escola Dominical ao sentir compaixão pelas crianças de sua cidade que perambulavam pelas ruas entregues à delinqüência, ociosidade e ao vício sem qualquer orientação espiritual. Ele que já há quinze anos trabalhava entre os detentos das prisões da cidade, pensou no futuro daquelas crianças e decidiu fazer algo em seu favor, afim de que não fossem também parar na cadeia. Procurava as crianças em plena rua e em casa dos pais e as conduzia ao local das reuniões. O início do trabalho não foi fácil. Enfrentou algumas oposições por parte da igreja. Seu jornal foi a coluna forte na defesa e apoio, publicando séries de artigos sob o título A Escola Dominical, que eram produzidos nos jornais londrinos.

                            Entre 1780 e 1783 foram fundadas sete escolas dominicais só em Gloucester, tendo cada uma 30 alunos em média. Em 1784 a Escola Dominical já contava com 250 mil alunos matriculados.

Para meditar: Zc 4:10



A Escola Dominical no Brasil



                            Teve seu início em 19 de Agosto de 1855 na cidade de Petrópolis, RJ. Seu fundador foi o missionário Robert Kalley e sua esposa D. Sara P. Kalley, da igreja congregacional. Eram escoceses.

                            Influência dos crentes que vinham nas expedições francesas (1557) e holandesas (1630).



      Observações Importantes

                            A Escola Dominical nasceu como um movimento entre as crianças.

                            A posição de Jesus quanto à criança. Mc 9.36. No meio da Igreja, no centro da sua atenção, interesse e cuidado.

                            O Brasil, e porque não dizer, o mundo defronta\-se hoje com problemas espirituais, sociais e morais semelhantes aos que precederam a fundação de Escola na Inglaterra, mormemente no que tange à delinqüência juvenil e desagregação da família.


        Objetivos da Escola Dominical

                            1º - Ensinar a Bíblia;

                            2º - Ganhar os perdidos para Jesus;

                            3º - Desenvolver a espiritualidade dos alunos e o caráter cristão; e

                            4º - Treinar o cristão para o serviço do Mestre.



             Funções da Escola Dominical

a.         É uma organização da igreja;

b.         A sua tarefa principal é ensinar a Bíblia;

c.         O seu propósito é ganhar para Cristo os perdidos e doutrinar os salvos para serem membros da igreja, amadurecimentos na fé;

d.          Aumenta a assistência aos cultos;

e.         É um meio excelente para desenvolver o caráter cristão na atitude e na prática;

f.          Trabalha efetivamente em favor dos lares cristãos;

g.         Une os membros no trabalho da igreja;

h.         Dá oportunidade de alistar membros na mordomia cristã através da cooperação financeira à igreja;

i.          Seu privilégio é alistar membros para missões; e

j.          A sua obrigação é alcançar todos quanto possível, a fim de receberam todas essas bênçãos.



No Brasil, o Dia da Escola Dominical é comemorado no 3º Domingo do mês de Setembro.



      Bibliografia

1-         Silva, Antonio Gilberto da – Manual da Escola Dominical. 5ª Ed C.P.A.D., 1981.
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