13 abril 2011

Pneumatologia: A Doutrina do Espírito Santo - Parte 2


“Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor”. (Os. 6:3)

Conhecer a Deus é conhecer toda Trindade, porque o Pai, o Filho e o Espírito Santo são um (1Jo. 5:7) “Os três são que dão testemunho no céu, e esses três são um”.

Pneumatologia é a ciência que estuda a existência do Espírito Santo, sua natureza divina, seus atributos e manifestação, e seu relacionamento com Deus Pai e com Deus Filho.

No hebraico a palavra Espírito Santo é Ruach Kadosh, e aparece 378 vezes no Antigo Testamento.

No Grego é Hagios pneumathos, e aparece cerca de 220 vezes este vocábulo no Novo Testamento.

É a terceira pessoa da Santíssima Trindade. É um ser dotado de personalidade e vontade própria.

Possui os mesmos atributos morais e espirituais que o Pai e o Filho. Não é, portanto, uma energia emanada de Deus ou uma influência benéfica ou poder impessoal como querem certos segmentos que se dizem cristãos (testemunha de Jeová).

O Espírito Santo atuou na criação do universo (Gn. 1:1, 2), na encarnação de Cristo (Lc. 1: 35), na fundação da Igreja e sua conseqüente expansão (At.2:1-4; At.13:1-5), na produção das Escrituras Sagradas (2Pe. 1:20, 21) e como o Consolador enviado por Cristo, atua na conversão do pecador (Jo. 16:8-10).

O Consolador é identificado por Jesus como o Espírito da verdade. A verdade era o que Jesus proclamava da parte de Deus e Ele próprio é verdade. A palavra de Deus é a verdade e o Espírito Santo guia para toda a verdade e é também a verdade (1Jo. 5:6)

Estamos vivendo atualmente a Dispensação do Espírito Santo (2Co. 3:6-8), dispensação é um período durante o qual os homens são provados a respeito da obediência a certa revelação da vontade de Deus.

Sete são as dispensações: inocência, consciência, governo humano, patriarcal, lei, graça ou do Espírito.

Dessas podemos distinguir em três dispensações, nas quais Deus tem operado de modo diferente:

1. Dispensação do Pai: em todo o tempo do Antigo Testamento, vemos de modo nítido que o próprio Deus sempre estava à frente de tudo, sempre lemos: Deus falou, Deus fez, Deus viu. Sendo que ao lado dele operava o Filho e o Espírito (Gn. 1:2-Gn. 6:3- Ne. 9:20).



2. Dispensação do Filho: este teve início quando Jesus se humanizou e apareceu no cenário deste mundo. Deus então falou pelo filho (Hb. 1:1-Jo. 8:38). Na cruz do calvário, Jesus consumou a obra para qual havia sido enviado e tornou para o seu lugar de origem (Jo. 16:28).



3. Dispensação do Espírito Santo: começou quando Jesus chegou ao céu, logo após sua ascensão, e enviou o Espírito Santo para o mundo (At.2:32, 33), para ficar conosco (Jo. 14:16). E não como no tempo do Antigo Testamento, quando somente o Espírito santo se manifestava esporadicamente (1Sm. 10:10 -1Sm. 16:13 – Nm. 11:25). Nesta dispensação, tanto Deus como o Filho, operam através do Espírito Santo. A própria Bíblia focaliza essas três fases: no Antigo Testamento vemos Deus guiando, falando, ajudando e operando. Nos Evangelhos focalizam Jesus Como Salvador, que ensinou o caminho da salvação e depois com sua vida entregue a morte, ganhou a eterna salvação. Nos Atos dos Apóstolos e nas Epístolas a atenção é fixada no Espírito Santo, quando Ele é aplicado à obra de Cristo e faz com que a vida espiritual se aperfeiçoe.

Embora o Espírito Santo venha operando desde o dia do Pentecostes, a Palavra de Deus enfoca um derramamento ainda maior nos últimos dias. O Apóstolo São Pedro explicou o milagre do derramamento do Espírito Santo (At.2:16, 17), enquanto o profeta Joe profetizou: ”Derramarei o meu Espírito’’, revelando assim um derramamento mais poderoso e pleno. Isto coincide com a restauração de Israel e sua remissão como povo de Deus (Rm. 11:12). Isto acontecerá quando Cristo voltar em glória, para estabelecer o milênio (Ap.19:11-15).

Então o Espírito Santo operará de modo absoluto e pleno e a terra se encherá da glória do Senhor, como as águas cobrem o mar (Hc. 2:14 – Is. 11:2 – Is. 32:15 – Zc. 12:10).

O Espírito Santo é chamado Deus e Senhor. Quando Isaías viu a glória de Deus (Is. 6:1-3) escreveu “ouvi a voz do Senhor, vai e diz a este povo’’ (Is. 6:8, 9).

O Apóstolo Paulo citou essa mesma palavra e disse: ”Bem falou o Espírito a nossos pais pelo profeta Isaías dizendo: “Vai a este povo” (At.28:25, 26), com isso Paulo identificou o Espírito Santo com Deus.

O Espírito Santo estava ativo na comunicação da mensagem de Deus ao seu povo, era o Espírito Santo quem instruía os israelitas no deserto (Ne. 9:20). Quando os salmistas compunham seus cânticos, faziam-no mediante o Espírito Senhor (2Sm. 23:2).

Era possível, entretanto, o Espírito Santo vir sobre alguém que não tinha um relacionamento genuíno com Deus para levá-lo a entregar uma mensagem verdadeira ao povo (Sl. 68: 18)- (Nm. 24:2). A liderança do povo de Deus no Antigo Testamento era fortalecida pelo Espírito Santo. Moiséis, por exemplo, estava em tão estreita comunhão e harmonia com o Espírito Santo que compartilhava dos próprios sentimentos de Deus; sofria quando Ele sofria e ficava irado contra o pecado, quando Ele se irava (Ex.33:11)

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