Símbolos do Espírito Santo
Os
símbolos oferecem quadros concretos de coisas abstratas. Um símbolo é um tipo,
um elemento importante, que representa alguma coisa por semelhança e sobre ela
traz esclarecimentos. Vejamos alguns símbolos do Espírito Santo nas Escrituras
Sagradas:
Água:
“Porque
derramarei água sobre o sedento e rios, sobre terra seca; derramarei o meu
Espírito sobre a tua posteridade e a minha benção, sobre os teus descendentes”
(Is. 44:3).
A
água encontra-se em três regiões do universo e é abundante, pois ocupa dois
terços do globo terrestre:
· Na
expansão dos céus (Gn. 1:6-10)
· Sobre
a face da terra (Gn. 7:11)
· Debaixo
da terra (Jó. 38:30)
Esta
é a figura real do Espírito Santo, Ele opera nas três dimensões da constituição
humana, produzindo a regeneração do espírito, da alma e do corpo (1Ts. 5:23).
A
operação miraculosa do Espírito Santo no homem produzindo um tipo de lavagem da
regeneração e da renovação do Espírito Santo (Tt. 3:5) acontece na conversão.
Chuva:
“E a elas (ovelhas), e aos
lugares ao redor do meu outeiro, eu porei por benção; e farei descer a chuva a
seu tempo: chuvas de bênçãos serão” (Ez. 34:26).
O
precioso fruto da terra é a Igreja; o Lavrador é o próprio Deus; a chuva
temporã é a descida do Espírito Santo no dia de Pentecoste; a chuva serôdia
refere-se a outras manifestações do Espírito Santo: batizando os crentes e
concedendo-lhes os Dons.
Rio:
“Quem
crê em mim, como diz as Escrituras, rios de água viva correrão do seu ventre”
(Jo: 7:38).
Há
um rio (o Espírito) cujas correntes (os dons espirituais) alegram a cidade
(Igreja) de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo “(Seu. 46).
Um
rio pode surgir de uma fonte, de um lago ou do derramamento de geleiras. O
lugar onde ele nasce é chamado de nascente ou cabeceira. A partir daí, o rio
corre em direção a outro rio, a um lago ou mar, onde lança suas águas. O lugar
onde o rio lança suas águas se chama Foz.
O
crente cheio desse rio desemboca em outro crente, e este processo, será até a
vinda de Jesus, um dependendo do outro, um sendo renovado pelo outro.
Orvalho:
“Assim,
pois te dê Deus do orvalho dos céus, e das gorduras da terra, e abundância de
trigo e de mosto” (Gn. 27:28).
Encontramos,
no Antigo Testamento 34 referências sobre o orvalho, como sendo um refrigério
adicional á escassez das chuvas temporã e serôdia. Era necessário durante o
período de estiagem, para revigoramento da erva e da relva (Dt. 32:2).
Tornou-se assim um símbolo do Espírito Santo, pois vinha gradualmente e algumas
vezes de maneira imperceptível nos corações humanos (Sl. 133:3).
Obs:
céu nublado não cai orvalho (Ag. 2:10).
Vento:
“O
vento assopra onde quer, e ouve a sua voz; mas não sabes donde vem, nem para
onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito “(Jo. 3:8).
Os
ventos sempre trazem consigo as características dos lugares de onde vêm. Assim
podemos sentir através de nosso sistema sensível, os ventos quentes e os ventos
frios, os úmidos e os secos. Para sabermos se estamos caminhando em direção a
terra ou em direção ao mar, basta parar um pouco ao cair da noite e analisar a
direção do vento.
Alísios
são carregados de umidade, pois vem do oceano, do mar e do mar pra terra.
Brisas
são sopros na madrugada: soprão da terra para o mar.
O
Espírito nos guia da terra para o mar, ou seja: o mar representa o mundo e a
terra nossa firmeza.
O
Espírito assopra a firmeza que precisamos para andarmos no mar.
Fogo:
“Respondeu
João a todos, dizendo: Eu, na verdade, batizo-vos com água, mais eis que vem
aquele que é mais poderoso do que eu, a quem eu não sou digno de desatar a
correia das alparcas; esse vos batizará com Espírito Santo e com fogo” (Mt.
3:11, 12).
O
fogo como símbolo do Espírito Santo, fala da sua grande força, em relação ás
diversas maneiras de sua operação, para corrigir os defeitos da nossa natureza
decaída e conduzir-nos á perfeição que deve adornar os filhos de Deus. Mais do
que isto o fogo fala da ação purificação do Espírito Santo.
As
manifestações de Deus no passado algumas vezes faziam-se acompanhar pelo fogo
que tanto representa sua presença como glória (Ez: 1:4-13), sua proteção e sua
santidade (Dt. 4:24), seus juízos (2Co. 13:9), sua irá (Is. 66:15) e finalmente
o próprio Espírito Santo (Mt. 3:11)
Coluna:
“E
o Senhor ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem, para os guiar pelo
caminho, e de noite numa coluna de fogo, para os alumiar, para que caminhassem
de dia e dia noite. Nunca tirou de diante da face do povo a coluna de nuvem, de
dia, nem a coluna de fogo, de noite. (Ex: 13:21, 22).
A
coluna, seja como símbolo religioso, marco ou monumento traz sempre a idéia de
firmeza. O apóstolo São Paulo, por exemplo, valeu-se dessa figura para
representar a Igreja: “Mas, se tardar, para que saibas como convém andar na
casa de Deus, que é Igreja do Deus Vivo, a coluna e firmeza da verdade” (1Tm. 3:15).
Como
símbolo do Espírito Santo, a coluna fala da força Espiritual mediante a qual a
alma será eternamente abençoada e, sendo de natureza divina como aquele que
acompanhou o povo de Deus no deserto, serve de proteção, iluminação e
orientação.
Em
relação à Igreja Ele foi posto por Deus no edifício espiritual de Cristo que é
sua Igreja para segurança, ornamentação e beleza.
Penhor:
“Ora,
quem para isso mesmo nos preparou foi Deus, o qual nos deu também o Penhor do
Espírito” (2Co. 5:5).
O
vocábulo penhor no grego é Arrabon, significa: primeira prestação, depósito,
garantia. Indica o pagamento de parte de compra. Esta primeira prestação
recebida é a regeneração. O valor total será complementado com os pagamentos
intermediários: a santificação, e o pagamento final: a redenção de nosso corpo
(Rm. 1:4 e Rm. 8:23 – Tt. 3:5). São Paulo chama o Dom do Espírito de Penhor, da
herança do crente, uma garantia a primeira prestação da glória vindoura.
O
Espírito Santo que mediante a Palavra de Deus e por todos os meios da Graça nos
capacitas a atingir a glória eterna, transformando-nos de glória em glória na
mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor (2Co. 3:18), e é evidentemente a nossa
garantia.
Selo:
“O
qual também nos selou” (2Co. 1:22).
O
uso mais comum do selo na antiguidade era na autenticação de documentos,
cartas, títulos de propriedades e recibos de mercadoria ou dinheiro após deixar
a mensagem em escritura cuneiforme, o escritor pedia que o remetente e as
testemunhas removessem de seus pescoços os próprios selos cilíndricos que eram
rolados sobre argila ainda mole, servindo de assinatura. As leis romanas, por
exemplo, somente aceitavam um testemunho se estivesse selado com “sete selos” e
confirmado por sete testemunhas.
O
selo como figura do Espírito Santo, traduz para a Igreja, todas as vantagens de
segurança, garantia e confirmação.
O Espírito Santo na Trindade:
A Doutrina
da Trindade não é uma verdade da Teologia natural, mas, sim da revelação. A
razão (faculdade espiritual do homem, por meio da qual, ele pode conhecer e
julgar) nos mostra a Unidade de Deus; apenas a revelação nos mostra a Trindade
de Deus.
A
palavra Trindade em si não ocorre na Bíblia, sua forma grega Trias, parece ter
sido usada primeira por Teófilo de Antioquia (181 A.D) e sua forma latina
Trinitas, por Tertuliano, entretanto, a crença na Trindade é muito mais antiga
que isso. Os montanistas foram os primeiros que definiram a pessoalidade do
Espírito e os primeiros que formularam a doutrina da Trindade.
Com
Trindade queremos dizer que há três distinções eternas em uma Essência
(essência é o que constitui a natureza íntima das coisas) Divina, conhecidas
respectivamente, como: o Pai, Filho e Espírito Santo.
Estas
três distinções são três pessoas, e assim podemos falar da tripersonalidade de
Deus. A Doutrina da Trindade pode expressar-se nas seguintes seis afirmações:
1.Há na Escritura três que
são reconhecidos como Deus;
2.Estes três são descritos
de tal modo que somos compelidos a concebê-los como pessoas distintas;
3.Esta tripessoalidade da
natureza divina não é simplesmente econômica e temporal, mas iminente e eterna;
4.Esta tripessoalidade não é
triteísmo; pois, conquanto haja três pessoas, há apenas uma essência;
5.As três pessoas, Pai,
Filho e Espírito Santo são iguais;
6.Inescrutável, embora não
autocontraditória, esta doutrina fornece a chave de todas outras doutrinas.
Sabemos que a doutrina da Trindade é um grande
mistério. Algumas pessoas as consideram um quebra-cabeça intelectual e uma contradição.
Realmente
é um mistério, no entanto, é um mistério que explica muitos outros mistérios e
que esclarece maravilhosamente a Deus, a natureza e o homem. Apesar do grande
tema do Antigo Testamento ser a unidade de Deus, não deixam de aparecer ali
numerosas insinuações acerca de uma Pluralidade na Divindade (pluralidade é a
qualidade atribuída a mais de uma pessoa); o exemplo está em Gn. 1:1 com a
palavra achar-se no plural: Deus – Elohim.
Uma
maneira de se desvendar as distinções das pessoas na divindade consiste em
observar as funções atribuídas especificamente a cada uma delas.
Exemplificando: Deus Pai é relacionado à obra da criação; Deus Filho é o
principal agente da obra da Redenção da humanidade, e Deus Espírito Santo é a
garantia de nossa herança futura.
O
Pai cria, o Filho redime e O Espírito Santo santifica, e no, entanto em cada,
operações dessas, os três estão presentes.
O
Pai é o preeminente o criador, mais o Filho e o Espírito são tidos na mesma
obra. O Filho é preeminente o Redentor, mas Deus Pai e o Espírito são
considerados como pessoas que enviam o Filho a redimir.
O
Espírito Santo é o Santificador, mas o Pai e o Filho cooperam nessa obra. A
Trindade é uma comunhão eterna, mas a obra da redenção evocou a sua
manifestação histórica.
O
filho entrou no mundo de uma maneira nova a tomar sobre si a natureza humana, e
lhe foi dado um novo nome: Jesus.
O
Espírito entrou no mundo de uma maneira nova, isto é, como o Espírito de Cristo
incorporado na Igreja.
Explicar
a Trindade é tentar explicar a vida íntima de Deus.
Era
muito difícil achar termos humanos que pudessem expressar a unidade da
Divindade e ao mesmo tempo, a realidade e a distinção das pessoas. Ao acentuar
a realidade da Divindade de Jesus e da personalidade do Espírito Santo, alguns
escritores corriam o perigo de cair no triteísmo, ou a crença em três deuses.
A
Trindade é uma comunhão harmoniosa dentro da deidade. Essa comunhão é amorosa,
porque Deus é amor.
O
Espírito Santo é o agente ativo da Trindade; na revelação que Deus fez de si
mesmo a sua criação. Para compreender a Trindade precisamos aceitar o fato de
sermos forçados mediante a auto-revelação de Deus na Bíblia, a desconsiderar as
leis comuns da lógica.
O
Espírito Santo é o agente ativo da Deidade na criação. A Bíblia nos conta o que
Deus tem dito e feito, e a obra do Espírito Santo nos revela o que Ele (Deus)
continua a dizer e a fazer hoje.
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