01 novembro 2010

Visões e Revelações do Senhor

Introdução:

Diversos vocábulos são traduzidos por céu pelos eruditos, no que diz respeito ao céu (singular), e aos céus (plural), porém, os únicos que realmente são mais importantes são o hebraico “Shãmaym” e o grego “Ouranos”.
Dentro da Bíblia, céu é uma palavra que tem, pelo menos, três significados gerais e diferentes:
1 – É mencionado em Gênesis como espaço aéreo em que as aves podem voar (Gn 1. 26 – 2: 19 – 20);
2 – Ainda o Livro de Gênesis fala do céu como o firmamento dos luzeiros e das estrelas (Gn 1: 14 – 17);
3 – A palavra céu é também usada para se referir ao céu de glória divina, chamado por Salomão “céu dos céus” (1 Rs 8: 27; Sl 115: 16), ou “terceiro céu” na expressão de Paulo, provavelmente tendo em vista os dois primeiros tipos acima referidos.
O termo Ouranos que freguentemente é mais usado no singular, teve sua origem no grego de Homero, com o significado de Abóboda Celestial ou Firmamento. Para os escritores sagradas, especialmente aqueles relacionados com a poesia, o céu era retratado da seguinte maneira:

1º. Com janelas (Gn 7:11; 2 Rs 7: 2);
2º. Descansando sobre pilares (Jó 26: 11);
3º. Repousando sobre alicerces (2 Sm 22: 8);
4º. É como uma tenda armada (Sl 104: 2; Is 40: 22; 44: 24);
5º. É como um rolo desenrolado (Is 34: 4) e poder ser rasgado (Is 64: 1 etc).
No Antigo Testamento (LXX), o termo “ouranos” ocorre por 667 vezes sempre como tradução de “shã, ayim” forma plural que ocorre por 51 vezes. Já em o Novo Testamento, “ouranos” ocorre 272 vezes.

Figuras Bíblicas do Céu

1 – Seio de Abraão: essa é talvez, uma das mais antigas figuras usadas pela teologia judaica para representação do céu. Estar no seio de Abraão, portanto, quer dizer estar guardado, protegido e para sempre consolado, como foi o caso de Lázaro, que segundo Jesus, morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão (Lc 16: 22).
2 – Paraíso: No Jardim do Éden, de onde foram expulsos Adão e Eva, estão as raízes histórico-teológicas da crença no céu sob a figura de um paraíso. E não somente raízes teológicas, mas pode-se mesmo dizer, raízes psicológicas, porque, após o ser humano ter sido colocado fora desse paraíso, passou então a viver uma espécie de nostalgia do Éden e a sentir nas profundezas do seu ser uma Edentropia, ou Paradeisotropia, significando isto atração por um paraíso. O Jardim edênico, em que viveram nossos primeiros pais, era uma representação do paraíso celestial, realidade constatada pelo apóstolo Paulo, quando fala de um arrebatamento ao céu.
3 – Tabernáculo: O Tabernáculo era como que o templo provisório, enquanto que o templo seria o Tabernáculo definitivo. Mas o Tabernáculo não era somente um abrigo para os Israelitas; era ele o centro de comunhão de Deus com seu povo. Quandto o Tabernáculo celestial, não será somente o recinto que o povo irá ocupar em momentos de comunhão com Deus; será sim, a constante habitação de Deus com os homens. Note-se, pois, o que se acha escrito na revelação: Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens, Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. (Ap 21: 3).

Visões, Revelações e Sonhos Espirituais ou Sobrenaturais

É interessante num primeiro momento fazer algumas considerações acerca dos termos "revelações, visões ou sonhos" numa perspectiva evangélica pentecostal.
Os referidos fenômenos dizem respeito a percepção extrasensorial (não dependem dos sentidos naturais da visão, do tato, da audição, do olfato ou do paladar) de imagens relacionadas com acontecimentos no presente mundo (Gn 37.5-10; Dn 2.36-49; Dn 7.1-28 ss) ou no porvir (Ap 20, 21, 22 ss), manifestas mediante o poder e a vontade Deus.
As revelações podem acontecer em estado de vígilia ou dormindo. Quando em estado de vigília, as revelações são geralemente chamadas de "visões espirituais, sobrenaturais ou proféticas". Quando durante o sono, são designadas geralmente de "sonhos espirituais, sobrenaturais ou proféticos."
Estes fenômenos espirituais podem estar relacionados com a vida de um indivíduo (At 27.23-25) com uma nação (Jr 1.13-16), com toda a humanidade (Dn 2), com a igreja (At 16.6-10; Ap 1.9-3.22), etc.

Alguns Exemplos Bíblicos de Revelações, Visões e Sonhos
No Antigo Testamento:

- Gn 28.10-17 (Jacó)
- Êx 3.1- 4.16 (Moisés)
- Is 6.1-6 (Isaías)
- Jr 1.11-19 (Jeremias)
- Ez 1.1 (Ezequiel)
- Dn 7.1 (Daniel)
No Novo Testamento:
- Mt 1.18-24 (José)
- At 7.55-56 (Estevão)
- At 9.10-16 (Ananias)
- At 10.9-20 (Pedro)
- At 16.6-10 (Paulo)
- Ap 1.9-20 (João)

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